Em 15 anos, o Brasil poderá ser responsável por 10 bilhões de dólares (ou 1%) do mercado nanotecnológico, estimado em cerca de um trilhão de dólares. Os dados estão no estudo "Nanotecnologia", coordenado pelo Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República, e divulgado nesta sexta-feira, 10/05.
De acordo com os estudos, feitos sob a responsabilidade dos pesquisadores Oswaldo Luiz Alves e Fernando Galembeck, do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e Márcia Maria Rippel, do Instituto do Milênio de Materiais Complexos, o País já dispõe de boas condições para sobressair-se no cenário internacional de nanoprodutos, mas precisa, com urgência, considerar alguns aspectos estratégicos:
- estabelecer marcos regulatórios para a atividade nanotecnológica;- maior interação das empresas com os centros de pesquisa;- criar, via BNDES., linhas especiais de crédito para empresas cujos centros de pesquisa estejam comprometidos com estudos de nanotecnologia;- setores nos quais o Brasil poderia dedicar-se mais: fármacos, energia, biomedicina e eletrônica;- conectar as ações de fomento a nanotecnologia à realidade industrial.
A urgência da regulamentação, segundo os estudos, criaria normas ambientais, de segurança dos trabalhadores, de segurança dos consumidores e de privacidade na área de saúde, tanto no serviço público como no setor médico-hospitalar e previdenciário e rural. São regras essenciais para evitar que países mais avançados dificultem exportações do Brasil, ao alegar barreiras fitossanitárias, ou ausência de padronização na fabricação de certos produtos.
O estudo afirma que a nanotecnologia possibilitará oferta de novos produtos ao consumidor, como cosméticos, tecidos mais resistentes, filtros de proteção solar mais eficientes e de maior duração; na medicina, novos marca-passos e remédios contra diversos tipos de câncer. Os especialistas lembram, no entanto, que se a comercialização for demorada o país pode perder muito nesta área extremamente dinâmica.
Há expectativa de grandes inovações para alguns produtos e processos,como em informática,telecomunicações ,química, propriedades de materiais e manufatura de precisão.O Brasil fomenta as atividades de nanotecnologia por meio das agências e fundos setoriais do MCT. Em 2004, foram instituídas a Ação Transversal de Nanotecnologia nos Fundos Setoriais e a Rede BrasilNano. Em 2005, foi lançado o Programa Nacional de Nanotecnologia (PNN) e criado o Centro Brasileiro-Argentino de Nanotecnologia.
O estudo revela ainda que:
- O Brasil dispõe de pesquisadores de qualidade internacional, mercado consumidor significativo e mão-de-obra com custo inferior à média mundial, mas corre o risco de ter empregos e patentes transferidos para outros países;
- Atualmente, os principais setores da indústria em que se aplicam a nanotecnologia são a química e a microeletrônica. Os especialistas apontaram a vinculação do desenvolvimento da nanotecnologia com política industrial (semicondutores e eletrônica), políticas públicas (energia, meio ambiente, fármacos, saúde e alimentação) e setores onde o país apresenta alta competitividade, entre eles o setor químico e o petroquímico. Registra-se, ainda, metal-mecânico, agronegócio, telecomunicações, metalurgia, construção civil, aeroespacial, defesa etc.
- Existem centenas de pesquisadores brasileiros altamente capacitados, com campos de pesquisa relacionados aos estudos de pontos quânticos , nanopartículas e nanocristais, ou seja, cristais cujas dimensões estão na escala nanométrica (1 nanômetro = 1 bilionésimo do metro). Temos, ainda, um número significativo de pesquisadores no exterior, seja em programas de cooperação, seja em programas de doutoramento ou pós-doutoramento.
- As instituições brasileiras mais representativas, por ordem de publicação, que podem variar levemente ao longo dos anos, são: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade de Brasília (UnB). Destacam-se também: Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em São Paulo, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
- No capítulo sobre a nanotecnologia no cenário internacional, o estudo mostra que as regiões mais avançadas na atividade são: América do Norte, com destaque para os Estados Unidos; União Européia, com menção da Alemanha, Reino Unido e França; e Extremo Oriente, com distinção para o Japão e China.
- Os países mais avançados têm programas de nanotecnologia com orçamentos crescentes, no mesmo patamar, ou muito próximos, aos de biotecnologia, de tecnologias da informação e de meio ambiente.
De acordo com os estudos, feitos sob a responsabilidade dos pesquisadores Oswaldo Luiz Alves e Fernando Galembeck, do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e Márcia Maria Rippel, do Instituto do Milênio de Materiais Complexos, o País já dispõe de boas condições para sobressair-se no cenário internacional de nanoprodutos, mas precisa, com urgência, considerar alguns aspectos estratégicos:
- estabelecer marcos regulatórios para a atividade nanotecnológica;- maior interação das empresas com os centros de pesquisa;- criar, via BNDES., linhas especiais de crédito para empresas cujos centros de pesquisa estejam comprometidos com estudos de nanotecnologia;- setores nos quais o Brasil poderia dedicar-se mais: fármacos, energia, biomedicina e eletrônica;- conectar as ações de fomento a nanotecnologia à realidade industrial.
A urgência da regulamentação, segundo os estudos, criaria normas ambientais, de segurança dos trabalhadores, de segurança dos consumidores e de privacidade na área de saúde, tanto no serviço público como no setor médico-hospitalar e previdenciário e rural. São regras essenciais para evitar que países mais avançados dificultem exportações do Brasil, ao alegar barreiras fitossanitárias, ou ausência de padronização na fabricação de certos produtos.
O estudo afirma que a nanotecnologia possibilitará oferta de novos produtos ao consumidor, como cosméticos, tecidos mais resistentes, filtros de proteção solar mais eficientes e de maior duração; na medicina, novos marca-passos e remédios contra diversos tipos de câncer. Os especialistas lembram, no entanto, que se a comercialização for demorada o país pode perder muito nesta área extremamente dinâmica.
Há expectativa de grandes inovações para alguns produtos e processos,como em informática,telecomunicações ,química, propriedades de materiais e manufatura de precisão.O Brasil fomenta as atividades de nanotecnologia por meio das agências e fundos setoriais do MCT. Em 2004, foram instituídas a Ação Transversal de Nanotecnologia nos Fundos Setoriais e a Rede BrasilNano. Em 2005, foi lançado o Programa Nacional de Nanotecnologia (PNN) e criado o Centro Brasileiro-Argentino de Nanotecnologia.
O estudo revela ainda que:
- O Brasil dispõe de pesquisadores de qualidade internacional, mercado consumidor significativo e mão-de-obra com custo inferior à média mundial, mas corre o risco de ter empregos e patentes transferidos para outros países;
- Atualmente, os principais setores da indústria em que se aplicam a nanotecnologia são a química e a microeletrônica. Os especialistas apontaram a vinculação do desenvolvimento da nanotecnologia com política industrial (semicondutores e eletrônica), políticas públicas (energia, meio ambiente, fármacos, saúde e alimentação) e setores onde o país apresenta alta competitividade, entre eles o setor químico e o petroquímico. Registra-se, ainda, metal-mecânico, agronegócio, telecomunicações, metalurgia, construção civil, aeroespacial, defesa etc.
- Existem centenas de pesquisadores brasileiros altamente capacitados, com campos de pesquisa relacionados aos estudos de pontos quânticos , nanopartículas e nanocristais, ou seja, cristais cujas dimensões estão na escala nanométrica (1 nanômetro = 1 bilionésimo do metro). Temos, ainda, um número significativo de pesquisadores no exterior, seja em programas de cooperação, seja em programas de doutoramento ou pós-doutoramento.
- As instituições brasileiras mais representativas, por ordem de publicação, que podem variar levemente ao longo dos anos, são: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade de Brasília (UnB). Destacam-se também: Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em São Paulo, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
- No capítulo sobre a nanotecnologia no cenário internacional, o estudo mostra que as regiões mais avançadas na atividade são: América do Norte, com destaque para os Estados Unidos; União Européia, com menção da Alemanha, Reino Unido e França; e Extremo Oriente, com distinção para o Japão e China.
- Os países mais avançados têm programas de nanotecnologia com orçamentos crescentes, no mesmo patamar, ou muito próximos, aos de biotecnologia, de tecnologias da informação e de meio ambiente.
Publicado em 11 de Maio de 2007 no site:
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